segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Educação (CRISMA)

Bons pais corrigem erros, pais brilhantes ensinam a pensar. Entre corrigir erros e ensinar a pensar existem mais mistérios do que imaginam nossa vã psicologia. Não seja um perito em criticar comportamentos inadequados, seja um perito em fazer seus filhos refletirem. As velhas broncas e os conhecidos sermões definitivamente não funcionam, só desgastam a relação.
• Educar não é repetir palavras, é criar idéias, é encantar.
• Pais brilhantes conhecem o funcionamento da mente para educar melhor. Eles têm consciência de que precisam ganhar primeiro o território da emoção , para depois ganhar o anfiteatro dos pensamentos e, em ultimo lugar, conquistar os solos conscientes e inconscientes da memória, que é a caixa de segredos da personalidade. Eles surpreendem a emoção com gestos impares. Deste modo, geram fantásticos momentos educacionais.
• Surpreender os filhos é dizer coisas que eles não esperam, e agir de modo diferente diante dos seus erros, superar as suas expectativas.
• Se você educa a inteligência emocional dos seus filhos com elogios quando eles esperam uma bronca, com um encorajamento quando eles esperam uma reação agressiva, com uma atitude afetuosa quando eles esperam um ataque de raiva, eles se encantaram e registraram você com grandeza. Os pais se tornarão assim agentes de mudança.
• Bons pais dizem aos filhos: “ Você está errado.” Pais brilhantes dizem: “O que você acha do seu comportamento?” Bons pais dizem: “ Você falhou de novo.” Pais brilhantes dizem : “ Pense antes de reagir.” Bons pais punem quando os filhos fracassam; pais brilhantes os estimulam a fazer de cada lágrima uma oportunidade de crescimento.
• Uma das coisas mais importantes na educação é levar um filho a admirar seu educador. Um pai pode ser um trabalhador braçal, mas, se encanta seu filho, será grande dentro dele. Um pai pode ser grande no meio empresarial, ter milhares de funcionários, mas, se não encantar seu filho, será pequeno em sua alma.
Trechos do livro “Pais brilhantes, professores fascinantes” de Augusto Cury

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

SETE BILHÕES DE NÃO ABORTADOS (CRISMA)

O mundo nesta primeira década do Século XXI chegou a sete bilhões de vivos, isto é, sete bilhões de não abortados. Porque os fetos humanos abortados, os que não tiveram chance alguma de se tornarem pessoas, por decisão da mãe ou do casal e de parteiros ou médicos, foram juntar-se aos bilhões, ou quem sabe, trilhões de óvulos e espermatozóides que tinham virado embrião, mas não viram a luz. Os legisladores e governantes daquele país decidiram por decreto que um feto só merece o nome de pessoa com direitos depois de 14 semanas. Antes disso é um monte de carne a caminho do milagre da vida humana. Um acidente interno ou um remédio ou uma agulha ou um aparelho sofisticado interrompeu sua viagem. Na mesma época nós nascemos. A nós foi permitido ver a luz. Quem nos concebeu numa hora intensa de entrega mútua nos quis vivos: mulher e homem.
 
Se você é de uma família religiosa, é provável que seus pais considerem você um presente de Deus, um filho sagrado, um dom do céu. Para eles a semente dele e o óvulo dela foram abençoados e você é fruto do amor e da fé. Deus os escolheu para serem seus pais e escolheu você para ser filho ou filha deles. A fé num criador faz isso!
É por esta razão que, por mais difícil e incerto que fosse, eles não abortaram você. Um médico ou uma enfermeira ajudaram seus pais a trazer sua frágil vida para a luz. E você está aí, vivo, amado, respeitado pelo casal que Deus escolheu para lhe proporcionar a vida que hoje você tem. O corpo foi formado dentro da mãe. Mas a pessoa que você é demorou bem mais a ser formada em ombros, colo, beijos e abraços da família inteira. Depois veio a escola, a rua, o trabalho. E aí está você, pessoa que não rouba,não mata, não desvia dinheiro do povo e acredita em conviver para viver…
 
Sua história é como a do grande fruto que daqui a pouco não será mais o fruto que era, porque terá sido transformado em alimento… Você foi um embrião concebido, depois feto, depois bebê, depois criança, depois adolescente, depois jovem e agora é adulto que ama alguém e está pronto a continuar a cuidar de vidas que Deus manda a este mundo por intermédio do seu espermatozóide e do óvulo dela. E num leito e amor fará muitas vezes o gesto de entregar-se e receber, em beijos e abraços que parecem uma refeição. Mas é o ritual de acasalamento que gera mais afetos e eventualmente outra vida.Você não tão diferente dos ursos, do macaco e das aves. Se quiser ser, será. Depende do que fará com seus sentimentos e sua cabeça. Bilhões de humanos passaram a vida a comer, beber, dormir e fazer sexo. Não deram significado algum ao que faziam. Agiam como bois, patos e galinhas, melões e melancias. Cresceram viveram, enxertaram-se, botaram ovos, tiveram filhotes, ou no caso dos melões e melancias incharam, amadureceram e foram comidos. Pronto! Acabou!
Nem pronto, nem acabou! Para eles tudo continuou, mas sem terem levado os significados daqui para a eternidade. Você levará!
E que você tem a cultura da graça, do amor e da vida. Não se sente dono de nenhuma vida, nem mesmo da sua. Você a usa de empréstimo, porque o dono da sua vida, da vida dos seus filhos é Deus. Então, você respeita, pede luzes e faz de tudo para cuidar desse dom sagrado que está agora em suas mãos.
Mas milhões de embriões e fetos não tiveram a mesma sorte. Nasceram em família que não crê muito nessas coisas. Lá, pai e mãe se sentem donos do sexo que praticaram e do seu resultado. Fizeram sexo sem perguntar a Deus e agora extraem o resultado sem consultá-lo. Ou crêem que ele existe, mas não apita por aqui ou não acham que ele existe!
Um dia, porque ficou difícil, porque não convinha, porque seu nascimento atrapalharia a vida dela, dele ou dos dois, porque não tinham certeza de que eles viriam sadios, decidiram que interromperiam aquela vida. Seu fruto não concluído foi sugado, tirado do ventre da mulher. Dois ou três deles acabaram de vez, ou algum talvez tenha sido guardado numa garrafa em formol, para que as pessoas vejam como é um feto de ser humano a quem não foi permitido nascer.
A pessoa que não crê em Deus ou diz crer em Deus, mas não segue a lógica do autor da vida não tem a menor dúvida de que manda naquele feto. Senhores da própria vida e de qualquer vida que se aloje dentro da mulher, o casal decide. Tira, mata, interrompe e lutam por leis que lhes permita tirá-lo de maneira saudável no hospital. Proclamam que estão acima de Deus. Deus é uma idéia e eles são realidade. E a realidade é esta: não querem aquele feto.
Dizem que um filho não tem nada a ver com o criador do universo; é coisa deles, ventre e óvulo dela e espermatozóide dele. Se quiserem criarão e se não quiserem mandarão tirar. Vale o que eles sentem: a vida é deles, inclusive a do filho feto porque foram eles que o fizeram.
E brigam feio com a Igreja católica à qual brindam como o feio apelido de retrograda, porque defendemos o direito de toda e qualquer vida que foi concebida e que ainda não pode falar por si mesma. Nós brigamos por ela contra os pais que não a querem. Não acreditamos em interromper uma vida. Eles acreditam.
E aí está você. Ninguém precisou brigar por você . Seus pais o queriam. Acreditaram que Deus criou você neles e aceitaram sua vinda. Provavelmente estão felizes de ter trazido você ao mundo; valeram todos os sacrifícios.
É assim a nossa catequese do nascer. Deus quis e seus pais quiseram. Como cremos que o dono da vida é Deus, cremos também que Ele decidirá o que fazer com o casal que não quis a vida que recebeu de presente. Não vai ser fácil o encontro deles com Deus. Mas como Deus é misericordioso terão diante dele a chance que não deram ao fruto que se formou naquele ventre!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O PAÍS DO JEITINHO E DO JEITÃO!(CRISMA)

Que o Brasil é país de conchavos e conluios não há quem não saiba. Nem mesmo a mais ingênua das comadres se deixa enganar com falas de políticos. Ultimamente também com as falas de pregadores da fé. Prometem mundo e fundos para se eleger ou pare encher seus templos. Depois é depois… Aí, se forem pegos em contradições ou desvios de conduta ou de verba, jogam a militância partidária ou religiosa contra quem ousou falar. Não vê quem não quer.
Todos os países passam por isso, mas alguns passam mais. O Brasil é o dos que mais passam. Grandes adversários de ontem que xingavam mães por conta de corrupções e posições totalmente antagônicas, agora sentam-se juntos e se canonizam e se defendem de unhas e dentes contra a corja que pretende tomar-lhes o poder…
No Brasil saber mentir compensa. Por saber mentir cresceram políticos, partidos, pregadores e igrejas. Quem ousa questionar partidos vitoriosos ou igrejas entulhadas de fiéis? Perde quem? O denunciado ou quem denuncia? Provas provam o quê, se depois tudo acaba em pizza?
Escândalo após escândalo, antes de depois do julgamento nada prospera porque alguém poderoso foi lá e interferiu. Poupam-se governadores, políticos influentes ou figuras que possam fornecer votos e perpetuar o poder. Vale o montante de votos que o suspeito pode carrear. A ética é sempre contornável. O poderoso sabe que se for denunciado bastará negar e jogar a culpa em quem denunciou, seja ele um jornalista, um juiz, um promotor, um caseiro ou um motorista. Meses ou anos depois ninguém mais ouvirá falar do caseiro ou do motorista e o acusado poderá ser visto sentado ereto e pomposo na cadeira da qual uma parte do povo queria expulsá-lo.
Dá-se um jeitão via conchavos e conluios. O jeitinho fica para casos menores e para o povo que sabe que dá para burlar a lei. É saber o jeitinho. Quando os preços são revistos no andamento das obras e pulam de 400 mil para 1 milhão; quando a licitação já traz embutido um aumento de 45%; quando 20 ou 40% vai para algum caixa dois e depois, por maiores que sejam as provas, fica o dito pelo não dito, estamos num país em crescimento, mas não em desenvolvimento. É país em excrescência, como diria Jean Baudrillard. De fora parece grande, mas por dentro é espaço apequenado.
O caciquismo e o partidarismo superam de longe o estadismo. Boa coisa não se prevê num país no qual a voz das ruas é mais permitida do que ouvida. Democracia é mais do que permitir que se fale; é ouvir o que o povo diz. E faz tempo que o povo não quer mais desvios de verba ou influência de apenas um partido. Já vimos este filme que vinha da direita; e não foi nada agradável. Que agora não venha da esquerda. É que os “ismos” de esquerda e de direita, todos eles, a longo prazo, sufocaram a cidadania. Madame Alternância sempre foi melhor que Madame “Daqui Não Saio”!

segunda-feira, 25 de junho de 2012

TRES LÁPIDES ECUMÊNICAS (CRISMA)

Era uma vez três crentes. Um deles achou ter achado a religião mais perfeita e saiu ensinando-a e querendo que todos aderissem a ela. O segundo também achou ter achado a religião mais perfeita e saiu ensinando-a. Queria que todos fossem ao seu templo. O terceiro achou ter achado a religião adequada para ele. Talvez pudesse ser perfeita também para os outros. Saiu divulgando-a, mas quando alguém dizia ter achado a luz em outra religião respeitava os e não impunha a sua, apenas dialogava.
Deus lhe dera uma mensagem que lhe fazia bem. Quem sabe tivesse dado aos outros, mensagem que lhes fazia bem! Discordava em alguns pontos, mas não se valia disso para ofender os outros nem diminuí-los. Se alguém queria vir para a sua igreja, ele acolhia; se alguém dos seus ouvintes quisesse ir embora ele respeitava. Era crente no Deus absoluto, mas nunca absolutizou sua fé e nem a superlativizou. Aprendeu a viver com outras crenças entendendo que a luz de Deus é difusa, e que o mesmo sol que brilhava no telhado de sua casa e da sua igreja, brilhava também nas casas e igrejas dos outros.
Viveu e morreu dialogando. Os outros dois na sua sinceridade viveram tentando puxar os outros para o seu templo. Morreram tentando converter os outros para o seu modo de crer que achavam ser o melhor.
Na cidade há três monumentos. Na lápide de um está escrito: Pregou incansavelmente a verdadeira fé. Na lápide do outro também se lê quase os mesmos dizeres. Na do terceiro alguém escreveu: Acreditou em Deus e dialogou até o último suspiro!…

sábado, 26 de maio de 2012

COM RELIGIÃO NÃO SE BRINCA (CRISMA)

Para nós, crentes em Jesus, o milagre existe. Deus intervém. Mas não quando queremos, nem quando garantimos o dia, a tarde, o lugar e a hora. Aí, já é brincar com Deus. Jesus fez muitos milagres e se negou a fazê-los quando gente maldosa os queria para seus interesses. Deu-se o mesmo com os discípulos. Foram severos contra os aproveitadores da fé.
O milagre é de Deus, dado por meio de quem não se aproveita dele e para quem precisa de verdade. Não é para pregador se exibir anunciando como milagre o que não é, nem foi. Infelizmente muitos fiéis e pregadores se exibiram através dos milagres, que em geral se revelaram falsos. Jesus já prevenira contra esse tipo de gente que brinca com profecias, visões, milagres ou poderes, exibindo seus dotes de taumaturgos, videntes ou exorcistas.
Hoje com a televisão, a tentação ficou maior. Andam expulsando até o demônio da unha encravada. Há muita gente dizendo que viu o que não viu, anunciando visões de aparições que não existiram e milagres que não foram milagres. Um olhar atento mostra que anunciaram depressa demais o milagre por eles realizado, e apareceram no grupo ou na mídia como gente de poder. Depois ou se revela engano, ou embuste. A maioria nunca pediu desculpas. Mas prosseguiram enganando.
Milagre, aparição, revelação é coisa séria. Cuidado com quem diz que Deus lhe falou! Dê um tempo. Saberá se foi verdade.